sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Avançar nos direitos para toda a Juventude. É isso que queremos


Por Jefferson Lima

No Brasil, a juventude vive um contexto de bônus demográfico, ou seja, a população jovem economicamente ativa é maior que a dependente, o que nos possibilita uma oportunidade histórica de ampliar a luta por direitos e colocar a juventude como protagonista na formulação das políticas públicas.

Chegamos à II Conferência Nacional de Juventude como a principal força partidária, propulsora da construção das etapas municipais e estaduais que debateu e estimulou a ampliação e fortalecimento dos órgãos de execução, promoção e articulação de Políticas Públicas de Juventude, como assessorias, coordenadorias, superintendências, entre outros, além da criação e renovação dos Conselhos de Juventude.

O constante diálogo e a sintonia com os movimentos sociais foram fundamentais para transformar bandeiras em propostas concretas, que asseguram o fortalecimento e o avanço das políticas públicas de juventude.

No 2º dia da Conferência realizamos uma grande plenária da JPT onde tivemos a presença de mais de 13 segmentos e movimentos sociais, entre eles juventude negra, juventude do campo, LGBT, jovens sindicalistas, jovens mulheres, pastoral da juventude, povos e comunidades tradicionais, entre outros, onde, não só, ampliamos e aproximamos nossas pautas, mas também pudemos construir um projeto de esquerda e popular com a juventude que está organizada em outros espaços, seja um partido político ou não, respeitando as especificidades regionais, as características políticas locais e suas particularidades, sempre visando o beneficio da juventude brasileira.

Apresentamos e conseguimos aprovação das nossas principais propostas durante a II Conferência Nacional de Juventude, como a descriminalização e legalização do aborto, ampliação do acesso a cultura, fortalecimento dos conselhos de juventude e dos órgãos gestores de juventude, valorização e ampliação da agricultura familiar, ampliação do investimento na educação (10% do PIB), redução da jornada de trabalho, democratização da comunicação e de seus meios, acesso à moradia digna, fortalecimento do SUS, além do direito à meia-entrada para a juventude, aprovação do Estatuto da Juventude (PL 4529/04) e do Sistema Nacional de Juventude.

O sucesso da II Conferencia Nacional de Juventude é reflexo da participação da juventude organizada nos mais diversos segmentos. Foram realizadas etapas preparatórias virtual, territorial, livres, regionais, estaduais e municipais, tivemos mais de 1.500 municípios, 27 estados e o DF realizando suas etapas. Milhares de jovens envolvidos, mais de 2200 jovens participando da etapa nacional, dos quais 1350 eram delegados eleitos em seus estados e conselhos.

A aprovação dos marcos legal, e o avanço das politicas publicas para a juventude é extremamente fundamental para a consolidação de um país mais justo.

Os jovens petistas apresentaram demandas e apontaram que as políticas públicas para a juventude, devem ser pautas prioritárias para esse periodo e demonstraram que os jovens não são somente o futuro desse país, dessa nação, e sim o presente.

Jefferson Lima é secretário nacional de Juventude do PT

PT na TV: Filie-se ao PT

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Fala tu!!! Nelson Mandela!!!

"A força do racismo está na forma como ele é aprendido. Ninguém nasce racista. A família, a sociedade, a escola é que produzem seres racistas, ensinam as práticas racistas."

Documentário: 2º Congresso Nacional da Juventude do PT

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Fala tu!!! Alan Borges


"A Juventude não pode ser criminalizada por gostar de funk."

Alan Borges é Superintendente do Juventude do Estado do Rio e militante da JPT

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Fala tu!!! Hugo Vilela


"Depende do partido. O meu por exemplo, tem base social e faz essa discussão na base. Concordo com a deputada em termos. Como diria frei Betto: "Fazer política é igual a fazer feijão: tem que por na panela de pressão"!!! E assim foi com as gr...andes transformações democráticas no Brasil. Pra dar um exemplo o projeto de Lei da Ficha Limpa começou a partir de colhete de assinaturas, que atingiu a quantidade solicitada para entrar na pauta do Congresso. Penso que os partidos que tem comprometimento com a mudança da estrutura física jornalística do país devam realizar debates na base, mobilizando a população para poder se apropriar de um novo modelo de marco regulatório das comunicações. O que não pode continuar é a manutenção de mais de 80% da mídia na mão de 6, 7 ou 8 famílias. #Democratizarainformaçãojá!!!"

Fiz um contraponto sobre o comentário da respeitada deputada federal Luiza Erundina, PSB-SP (ex prefeita de São Paulo pelo PT) sobre a falta de interesse dos partidos para a criação de um novo marco regulatório da mídia.

As juventudes querem disputar os rumos do Brasil



Gabriel Medina*


Aconteceu em Brasília, entre os dias 9 e 12 de Dezembro, a 2ª Conferência Nacional de Juventude.

Com 1350 delegados/as eleitos/as e mais de 2.200 participantes, a Conferência foi um marco para a juventude brasileira e para o país.

Nesta segunda edição a marca da diversidade foi ainda mais forte. Jovens de todos os cantos do país, de diferentes origens sociais, negros, mulheres, LGBTs, deficientes, indígenas além de comunidades e povos tradicionais mais uma vez reafirmaram que a juventude é sinônimo de diversidade e que novos sujeitos políticos aparecem no espaço público, fruto das políticas públicas de transferência de renda e inclusão social iniciadas no Governo Lula.

A Conferência foi marcada por forte protagonismo dos movimentos, redes, fóruns de juventude, jovens trabalhadores, estudantes, rurais, vinculados a movimentos religiosos, partidários que demonstraram amadurecimento na perspectiva de construir pactuações, acordos e sínteses que pudessem avançar na conquista de direitos e na disputa do projeto de desenvolvimento.

O Conjuve foi um ator político fundamental, assegurou que durante todo o processo a sociedade civil tivesse um papel ativo na condução dos trabalhos e constitui-se como um espaço plural e democrático para que as distintas formas de organização e atuação juvenis se expressassem.

O resultado disso foi um programa propositivo, que superou o levantar de bandeiras e buscou aprofundar a formulação de políticas, diretrizes e ações que tenham condições de ser executadas pelo Estado brasileiro. A Conferência foi um encontro dos anseios, demandas com as possibilidades concretas de execução.

A disputa de um outro tipo de desenvolvimento

As juventudes foram além de demandas específicas, apresentaram reivindicações amplas, relacionadas a profundas transformações que o Brasil precisa passar como o caso da ampliação dos investimentos da educação para 10%, a aprovação do PNE, a democratização da comunicação, a redução da jornada de trabalho e entre elas, uma que merece destaque: a necessidade de uma profunda reforma política que contribua para a democratização do estado brasileiro com maior participação dos/as jovens nos espaços de poder e para construção de uma nova cultura política, ética e comprometida com a justiça e a solidariedade.

Os/as jovens se apresentaram otimistas com o país, mas não deixaram de questionar os limites do projeto desenvolvimentista em curso, propondo a necessidade de construir um novo projeto de desenvolvimento, com distribuição de renda, combate aos preconceitos e sustentabilidade ambiental. Ou seja, conectados com os anseios de mudança no mundo, os/as jovens do Brasil não querem apenas ser mão de obra barata para o desenvolvimento nacional, reivindicam a ampliação e a afirmação de novos direitos e, sobretudo a desmercantilização da vida social.

Um novo ciclo de PPJ´s para promoção da autonomia e emancipação juvenil

As propostas aprovadas caminharam também na direção de políticas específicas que alterem profundamente concepções que predominaram no Estado de ora enxergar esta fase da vida como um problema, ora como mera transição para a vida adulta. Os/as jovens querem ser sujeitos de direitos e reivindicam políticas públicas que promovam o trabalho decente, a ampliação da escolaridade com qualidade, o oferecimento de internet veloz, gratuita e de qualidade, o direito a mobilidade urbana e rural por meio do passe livre, o acesso à cultura e ao esporte, ou seja, o direito de construir suas trajetórias com dignidade sem a dependência e imposição do mercado.

A Conferência apontou para a necessidade de construção de um novo ciclo de políticas públicas que superem a ótica da focalização e inclusão social e constituam um conjunto de políticas específicas articuladas com políticas estruturantes. Este novo ciclo deve caminhar na ótica da afirmação dos novos direitos, na articulação das ações fragmentadas no âmbito territorial que tenham como norte a promoção da autonomia e emancipação com a formação de novos valores, pautados na solidariedade, no respeito à diferença e na refundação da dimensão da vivência do espaço público.

Para tanto, os Marcos Legais tem centralidade. Foi unânime a necessidade de aprovarmos rapidamente o Estatuto da Juventude, afirmar quais são os direitos específicos e constituir o Sistema Nacional de Juventude que combine a constituição de um fundo público de financiamento das políticas, criação/fortalecimento de órgãos de gestão e conselhos de juventude que garantirão a participação social articulados com um Pacto Federativo capaz de definir competências e responsabilidades da União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Será necessário que o Congresso Nacional avance na tramitação e revisão do Plano Nacional de Juventude, conjunto de políticas, ações que devem ter metas e prazos de execução para os próximos 10 anos.

Caberá ao Governo Federal, por meio da Secretaria Nacional de Juventude coordenar e executar uma política de juventude efetiva, transversal, intersetorial que seja decisiva na construção de um novo patamar civilizatório desta nova geração. As Conferências não tem caráter deliberativo, portanto aumenta a responsabilidade dos movimentos juvenis e sociais no papel de pressionar tanto nas redes sociais, quanto nas ruas os poderes públicos a tornar as resoluções em política de Estado.

*Gabriel Medina é Presidente do CONJUVE.

Campanha Nacional de Filiação PT

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Daniel Gaspar toma posse na JPT-RJ


Por Rodrigo Mathias *

O novo secretário estadual da juventude do PT do Rio de Janeiro, Daniel Gaspar, tomou posse ontem (2) na sede do partido, no Centro. Falando para uma platéia de cerca de 60 pessoas, Daniel enumerou os desafios da próxima gestão e destacou a necessidade da JPT-RJ estreitar laços com os movimentos sociais para disputar os valores da juventude fluminense.

Ex-diretos da UNE, Daniel foi eleito por consenso no último congresso estadual, após os outros postulantes ao cargo retirarem suas candidaturas para apoiá-lo. Para ele, a unidade conseguida no encontro deve ser perseguida durante toda a gestão, pra que a JPT tenha mais força e influência nos espaços de discussão da juventude:

“Espero que a atuação que tivemos na última Conferência Estadual de Juventude seja um exemplo do modo de atuação da juventude do PT daqui para frente. A unidade da JPT foi essencial para conseguirmos influenciar as resoluções políticas e as prioridades tiradas no encontro. Quero que essa gestão seja marcada por uma atuação conjunta de todas as forças políticas do partido na construção de uma agenda comum de diálogo com os jovens do nosso estado”, disse.
Eleições 2012

Um dos primeiros desafios da próxima gestão será a construção de candidaturas fortes de juventude para as eleições municipais do ano que vem. No último pleito, o PT elegeu apenas cinco vereadores jovens em todo o estado.O atual secretário de Assistência Social do município de Queimados, Elton Teixeira, um dos cinco jovens petistas eleitos em 2008, defendeu em sua fala que a JPT-RJ precisa ter como meta a superação desse número para que a juventude petista tenha maior influência na condução da política municipal.

Para superar esse desafio, Joanna Paroli, candidata da tese Avante! à Secretaria Nacional da JPT e futura Secretária Adjunta nacional, defendeu a desburocratização da JPT e propôs como desafio a construção de um funcionamento mais orgânico das secretarias municipais de juventude do partido, para que a JPT ganhe capilaridade nos estados. Segundo ela, o fortalecimento dos fóruns de secretários estaduais e municipais da JPT é essencial para alcançar esse objetivo.

Representando o presidente do partido, o secretário de Assuntos Institucionais do PT, João Mauricio Freitas, afirmou que a experiência de Daniel Gaspar no movimento estudantil pode fazer a diferença no desafio de reaproximar a juventude petista dos movimentos sociais:

“Viajando pelo estado durante a campanha da companheira Dilma percebi que havia pouquíssimos representantes de grêmios estudantis e CAs nos eventos. Situação bem diferente da campanha do Lula de 2002. Durante esse tempo o PT perdeu a capacidade de organizar a juventude, mas esse quadro pode ser mudado. Os jovens estão querendo participar da vida política do país, cabe a nós reencantá-los para as nossas propostas”, defendeu.

A demonstração dessa vontade da nova direção da JPT de estreitar laços com o movimento estudantil foi a participação de dois representantes da UEE-RJ entre aqueles que discursaram no evento. O presidente da entidade Igor Mayworm, militante da UJS, conclamou a JPT a unir forças com as outras juventudes partidárias para tirar os jovens do Rio de Janeiro do atual estado de passividade em relação à política. Já a petista Barbara Eliodora, secretária de Mulheres da UEE, chamou a atenção para a necessidade de investir na formação política dos jovens do partido.

Participaram do evento ainda o superintendente de Juventude do Estado do Rio, Allan Borges, o coordenador de Juventude do município do Rio de Janeiro, Igor Bruno, o presidente da Juventude do PMDB, Marco Antonio Cabral, o secretário de Cultura do PT-RJ, Álvaro Maciel, a secretária estadual de Mulheres do PT, Cristina Dorigo e a candidata da tese Fora da Ordem à Secretaria Nacional da JPT no último congresso, Tássia Rabelo.

* Rodrigo Mathias é jornalista.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A Juventude do PT na 2ª Conferência Nacional de Juventude: ampliar direitos para a juventude


Por Joanna Paroli*

A JPT está à frente dos grandes movimentos sociais e populares da juventude brasileira. É uma juventude que milita nas áreas rurais do país, nos sindicatos, grêmios estudantis e nas universidades, nos movimentos por cultura livre, pela livre orientação sexual. É uma juventude militante do feminismo e do antirracismo, anticapitalista e anti-imperialista. Ela é tudo isso porque é a juventude petista, ou seja, de um partido militante. A 2ª Conferência Nacional de Juventude será uma oportunidade histórica de reunir a militância petista e sua própria plataforma de lutas numa mesma agenda.

O ano de 2011 tem sido especial para as lutas juvenis. Em todo o mundo, a juventude se concentra no enfrentamento ao capitalismo e às respostas neoliberais à crise econômica e civilizatória. No Brasil, é também com muita mobilização e política que impulsionamos diversas agendas que dialogam com a construção de um novo mundo, concatenada à dimensão de mais oportunidades e direitos à juventude. Exemplo dessas agendas são os Congressos da UNE e UBES, o II Festival das Juventudes de Fortaleza e a 2ª Conferência Nacional de Juventude. Sob a temática “Juventude, Desenvolvimento e Efetivação de Direitos”, a etapa nacional da Conferência, que deve contar com a presença de mais de dois mil jovens, será um espaço privilegiado para a disputa de ideias e valores do conjunto das juventudes.

Foi nesse cenário que se inscreveu o 2º Congresso da Juventude do PT. Num processo que mobilizou mais de dez mil jovens petistas de todo o país, discutimos diretrizes para um novo patamar organizativo, conformamos uma plataforma política que alia estratégia de desenvolvimento e os anseios da juventude e atualizamos nossos desafios e táticas. Um bom exemplo dessa atualização programática foi a inserção do conceito de revolução democrática em nossa matriz programática. Também afinamos quais as tarefas prioritárias dessa nova geração militante da JPT, que deve: disputar a juventude brasileira com referências socialistas; protagonizar o setor de vanguarda no PT e na sociedade (através da luta pela legalização do aborto e de direito às liberdades individuais); articular ampla frente de luta pela superação plena do neoliberalismo, em conjunto com as juventudes partidárias de esquerda, mediando ações institucionais e a intervenção nos movimentos sociais.

Na 2ª Conferência de Políticas Públicas para a Juventude, que ocorre nesta semana em Brasília, precisamos aprimorar o debate dos direitos para a juventude. Para além de articular eixos centrais e de caráter mais universalizante, como o acesso à educação pública e de qualidade, a promoção de trabalho decente, a reforma política, a democratização da comunicação, a segurança pública e o fortalecimento do SUS, é imprescindível pensar mais agendas que garantam ao jovem viver plenamente sua juventude.

O direito à participação, ao território, à terra, à mobilidade e acesso aos bens culturais/lazer (tendo o passe livre como expressão importante desta pauta), à diversidade, ao desenvolvimento integral, à experimentação e à vida saudável, são políticas fundamentais que devem ser efetivadas. Além disso, o estado deve assegurar à juventude o direito a uma vida segura, que tem a ver com novas abordagens na política de drogas e segurança, dando respostas a uma das principais bandeiras dos movimentos juvenis, a do fim do extermínio da juventude negra. Por fim, queremos um modelo de desenvolvimento que se contraponha às diversas formas de opressão de mulheres e homens, como o racismo, o machismo e a homofobia. Portanto, permanece o desafio de construir caminhos para um mundo com igualdade.

Uma pauta importante deve dar o tom da Conferência, a agenda pelos Marcos Legais da Juventude. Precisamos continuar mobilizados em torno da aprovação do Estatuto da Juventude, com as emendas pensadas no espaço da Conferência e incluídas no Senado, e do Plano Nacional de Juventude. Além disso, é necessário aprofundar o debate sobre o controle social, enraizando a política dos conselhos e as experiências de gestão das PPJ’s. Por último, regulamentar o Sistema Nacional de Juventude, instituindo um fundo público articulado a um pacto federativo, com atribuição aos municípios, estados e União.

Esse novo momento político que se configura pós-Congresso da JPT, e que dialoga com o contexto de realização da 2ª Conferência, deve apontar o fortalecimento da relação da juventude petista com os movimentos sociais. Isso significa dizer que precisamos estabelecer laços de mais solidariedade e intervenção cotidiana nos movimentos sindical, estudantil, nas pastorais sociais, nos movimentos de cultura, das mulheres, LGBTs e da juventude negra.

Precisamos extrair desta Conferência uma plataforma comum dos movimentos e das juventudes partidárias de esquerda, que nos organize para as lutas do próximo período. Sobretudo, a principal ação da JPT nesta Conferência é garantir mais direitos para a juventude brasileira, disputando seus valores a partir da construção de uma cultura coletiva, em contraponto ao consumismo, ao individualismo e à mercantilização da vida.

*Joanna Paroli é militante da Marcha Mundial de Mulheres e eleita para a próxima Direção Nacional da JPT

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Plenária do Mandato Robson Leite



Na próxima quinta-feira (8/12), será realizada uma grande plenária de fim de ano do Mandato Participativo Robson Leite. Durante o evento, vamos apresentar um resumo das atividades do mandato ao longo do ano, nas mais diversas áreas, e ouvir a opinião e as sugestões de todas e todos aqueles que estiverem presentes no ato.

Entre os confirmados estão o senador Lindbergh Farias, deputados federais e estaduais do Partido dos Trabalhadores e diversas lideranças sindicais e religiosas.

Para nós, a participação da sociedade no dia-a-dia do mandato é extremamente importante. Acreditamos que a boa política é construída coletivamente, essencialmente, da troca e do diálogo entre a população e seus representantes, em prol do bem comum. Por isso fazemos questão de realizar eventos como este.

Não perca essa oportunidade de fazer sua voz ser ouvida. A plenária acontecerá entre 17h e 21h, na sede do Sindipetro (Av. Passos, 34, Centro).

A UEB E A LUTA DO POVO NEGRO

Por Laísa Nascimento*

A União dos Estudantes da Bahia, tem se mostrado nesse último período a sua grande representatividade no cenário estudantil, e nos embates políticos que estão sendo travados, principalmente no que tange a população negra. Hoje, temos uma UEB mais negra, mais feminina, que entende o quão é importante trazer o debate racial para o centro das lutas estudantis. Prova disso, tem sido a a forte presença, na construção do Encontro de Negras, Negros e Cotistas da UNE, participando de forma constante, e mostrando política de fato para a população afrodescendentes. O debate sobre política de ações afirmativas nas universidades, é prova viva de que a UEB, juntamente com a União Nacional do Estudantes (UNE) compreeende que a democratização do acesso as instituições de ensino superior deve ser feita de forma que possam ser pensadas políticas de permanência para os negros que adentram nas universidades. É preciso enegrecer a universidade, fazendo com que aqueles e aquelas que sempre foram excluídos desse processo, tenham o direito de entrar na universidade, de forma qualitativa.

Considerado como o ano dos afrodescendentes, 2011 chega ao seu fim com questionamentos e propostas a serem feitas para o avanço da população negra no cenário nacional.O mês de Novembro, já conhecido como o mês negro, se torna de suma importância para as discussões sobre os afrodescendentes e os rumos que a sociedade deve seguir no combate ao racismo.

Historicamente, os diversos coletivos de negras e negros se debruçam nessa luta que atravessa séculos, buscando emancipação e garantia de direitos dos negros que são excluídos dos mais diversos espaços, desde a escravidão recorrente aos dias de hoje. Porém, vale ressaltar que essa luta perpassa os caminhos já conhecido, e no último período, já se percebe que a discussão de políticas para a população negra se coloca nos mais diversos espaços e tem ganhado importância a nível mundial. Mesmo assim, é fundamental avançar mais rapidamente. A população negra ainda precisa de muitas políticas de reparação.

O ano de 2011 trouxe marcos significativos como o grande evento AFRO XXI. Eventos como estes nos colocam os desafios de temos que lutarmos mais para garantir a emancipação e o pleno direito da população negra na Bahia e no Brasil. Assim, a União dos Estudantes da Bahia, encara que ainda existem metas a serem cumpridas e que nós, podemos colaborar por uma sociedade sem racismo, onde os negros terão espaços na sociedade. Por isso propomos:

- Incorporação nas lutas do Movimento Negro – Ampla articulação com setores negros do movimento social.
- Construção de Encontros Estaduais para negras e negros – Grande evento Estadual de combate ao racismo da UEB
- Campanha contra o genocídio da juventude negra – Incorporação às lutas contra o extermínio de nossa juventude
- Realização de debates sobre as políticas de ações afirmativas em todos os eventos da UEB.


* Laísa Nascimento é Estudante de Serviço Social - UFBa, militante do Coletivo Nacional Enegrecer, e Diretora de Mulheres da União dos Estudantes da Bahia.