segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Carta de apoio a Hugo Vilela

A Juventude Angrense e suas lutas

O debate pertinente que envolve a juventude tem tomado proporções cada vez maiores nos espaços políticos de base e institucionais. Prova disso é a mobilização feita em favor da aprovação da PEC da Juventude e o Estatuto da Juventude no Congresso, e a realização da II Conferência Nacional da Juventude, no final do ano passado.

Esse novo olhar sobre a Juventude brasileira é fruto de uma longa luta política engajada por diversos atores da sociedade, que pautaram na base as condições e os problemas dos jovens brasileiros pra dentro desses espaços de poder, institucionalizando as lutas e demandas da sociedade organizada.

Em Angra, não tem sido diferente em alguns aspectos. A juventude do município vem tentando se organizar cada vez mais nos diversos espaços (igrejas, sindicatos, partidos políticos, associação de moradores e demais fóruns) impondo-se pra pautar as ações que visem construção política para dentro desses mesmos espaços, assim como ajudando na renovação/construção de novas lideranças.

O PT tem se destacado nesse cenário com a sua juventude protagonizando as lutas mais organizadas do município. O estreitamento de relações com os movimentos sociais, a construção do Fórum Municipal da Juventude e a representação no Conselho de Juventude são algumas das ações importantes realizadas no último período.

Avançar na Pauta Juvenil e construção das PPJ’s

O novo cenário político de Angra, após a eleição da companheira Conceição Rabha, nos permitir pensar uma nova perspectiva acerca da condução das políticas públicas no município. Entendemos também que uma gestão voltada com atenção especial aos setores mais excluídos da sociedade é parte central no projeto democrático popular do novo governo que se forma e deve ir de encontro com o Programa do Partido dos Trabalhadores o Modo Petista de Governar e o vieis progressista da Coligação Juntos para Cuidar de Angra.

Ter um Programa que combata o extermínio da Juventude da periferia e que promova a inclusão da juventude numa perspectiva ascendente é o compromisso que a Juventude do Partido dos Trabalhadores assume junto com a companheira Conceição Rabha.

Nesse sentimento, nos colocamos a disposição para contribuir na condução da gestão das PPJ’s no município, indicando o nome do companheiro Hugo Vilela para assumir a tarefa ser o Gestor Público de Juventude no Município.

Assinam esse Documento:

Eduardo Godinho – vereador eleito do PT
Fabio Macedo – vereador eleito do PT
Marcelo Oliveira – Presidente Municipal do PT de Angra dos Reis
Joanna Parolli – Secretária Nacional Adjunta da Juventude do PT
Daniel Gaspar – Secretário Estadual de Juventude do PT
Edson Santos – Deputado Federal
Robson Leite – Deputado Estadual do PT
Bernardo Cotrim – Secretário Estadual de Formação Política do PT
Clarissa Cunha – 1ª Vice Presidenta da UNE
Liliane Oliveira – Diretora de Mulheres da UNE
Christian Ribas – Diretor de Combate ao Racismo da UNE
Mitã Chalfun – 1º Vice Presidente da UEE-RJ (União Estadual de Estudantes)
Bárbara Eliodora – Diretora de Mulheres da UEE-RJ (União Estadual de Estudantes)
Walmyr Junior – Diretor de Combate ao Racismo da UEE-RJ (União Estadual de Estudantes)
Cledisson Junior – Membro do CNPIR (Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial)
Gabriel Medina – Presidente do CONJUVE (Conselho Nacional de Juventude)
Daniel Bertoldo – Secretário Municipal da JPT
Douglas Oliveira – Militante da JPT
Edward Campanário – Militante da JPT
Giselle Costa – Militante da JPT
Thiago Pires – Militante da JPT
Carlos Eduardo Godinho – Militante da JPT
Lucas Godinho – Militante da JPT
Vitor Rocha – Militante da JPT
Claudemir Venancio – Militante da JPT
Wesley Berude – Militante da JPT
Gabriel Rabha – Militante da JPT
Luis Magno Silva – Militante da JPT
Luan Dutra – Conselheiro Municipal da Juventude
Alex Almeida – Coordenador Estadual da Pastoral da Juventude
Angélica Monteiro – Militante Pastoral da Juventude
Pedro Paulo Carvalho – Militante da JPT
Carlos Eduardo Campanário – Militante da JPT
Marilene Dopazo – Presidenta da AMIN (Associação de Mulheres da Indústria Naval)
Renata Morais – Militante da JPT
Sheila Lima – Militante Pastoral da Juventude
Emanoel Campos – Assessor do Deputado Federal Edson Santos
Claudinei Santos – Militante do PT
Clenilson Belo – Chefe de Gabinete do vereador Ilson Peixoto
Thais Rocha – Militante da JPT
Mauro Nask – Militante da JPT e Comunicador
Naiady Saraiva – Militante da JPT
Zequinha Miguel – Militante do PT
Sergio Ribeiro – Diretor do SINDIPETRO/RJ
Isabela Rocha – Militante da JPT
Fabio Basílio – Militante da JPT
Anselmo Santana – Dirigente Confederação Nacional dos Vigilantes
Jhone Alves – Coordenador Regional da Pastoral da Juventude
Daniel Rabha – Militante do PT
Gabriela Nascimento – Militante da JPT
Helena Sloboda – Militante do PT
César André – Militante da Pastoral da Juventude

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Fala tu!!! Lula



"Companheiros e companheiras!
Não haverá socialismo sem democracia!
Não haverá democracia sem luta!
Não haverá luta sem organização de base!
Não haverá organização de base sem parido forte!
Não haverá partido forte sem a classe trabalhadora!"

Lula

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Fala tu!!! Leon Trotsky


"A revolução não trará somente o pão, mas também a poesia."
Leon Trotsky

domingo, 21 de outubro de 2012

Fala tu!!! Joao Pedro Stédile e a Esquerda Sectária

"O sectarismo é como se fosse o pentecostalismo da esquerda: são pequenos grupos que se agarram a defesa de uma leitura doutrinária da teoria e esquecem de fazer as disputas institucionais da luta de classes. Não por coincidência são grupos formados pela pequena burguesia, que não tem problemas objetivos para resolver na luta de classes, então se dão ao luxo de ficar apenas pregando a ideologia”



João Pedro Stédile, membro da direção nacional do MST, em sua falação na mesa de debates de Elmano de Freitas, candidato a prefeito de Fortaleza pelo PT, com os movimentos sociais que tinha como tema “Análise política nacional e perspectivas para Fortaleza”.  A frase criticava a postura do último candidato do Psol a presidencia da República, Plínio de Arruda Sampaio, que declarou essa semana em seu twitter torcer pela derrota de Haddad, Lula e os "mensaleiros" em São Paulo; além de fazer elogios a Serra e ao PSDB.

Encontro de Gerações


Na última sexta feira, dia 19, a sede do PT foi capaz de proporcionar um encontro geracional na sua base militante. Em passagem pelo local onde fazia reuniões para coordenar o processo de transição do governo municipal, Neirobis Nagae, conversou, ouviu, deu conselhos e posou para a foto com a militância da Juventude do PT.

A Juventude Petista prepara para o início de 2013 um seminário de planejamento que contenha no próximo período 3 seminários de formação política, tendo a participação do Neirobis para auxiliar esse processo.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Para Superar as Contradições Insuperáveis: Construir um projeto petista para 2014 no Rio de Janeiro



Rafael Chagas e Bernardo Cotrim*

Nas últimas duas eleições, para o governo do estado e para a prefeitura da capital, o PT do Rio se coligou com o PMDB. Há 6 anos participa do governo estadual, comandado por Sérgio Cabral, e há 4 anos da prefeitura da capital, capitaneada por Eduardo Paes. Essa aliança tem engendrado um conjunto de contradições que tem colocado limites aparentemente insuperáveis ao nosso projeto no estado do Rio de Janeiro.

O PT do Rio de Janeiro não acompanhou o crescimento do PT nacional nos processos eleitorais a partir de 2002. Em 2002, apesar de uma votação expressiva, Benedita da Silva sequer chegou ao segundo turno nas eleições para o governo estadual. Na eleição estadual de 2006 e nas municipais da capital em 2004 e 2008, com Vladimir Palmeira, Bittar e Molon, respectivamente, o PT não alcançou nem 10% dos votos válidos.

Cabe destacar, neste cenário, vitórias pontuais do PT no Estado, como a eleição de Lindbergh para prefeito de Nova Iguaçu em 2004 e 2008 e como o senador mais votado do RJ em 2010 ou os dois governos Artur Messias em Mesquita. No entanto, em 2012, apesar de vitórias em cidades importantes como Angra, que o PT volta a dirigir depois de 12 anos, e da quarta vitória seguida em Paracambi, o PT não ganhou nenhuma cidade com mais de 200.000 habitantes no primeiro turno, e disputa o segundo turno apenas em Niterói (Petrópolis, onde o PT ficou em terceiro lugar, aguarda decisão do TSE sobre a impugnação do candidato do PSB, que terminou em primeiro lugar).

O fracasso eleitoral do PT transformou o Rio de Janeiro no estado mais suscetível a pressão do PT nacional para conformar chapas com o PMDB em troca de apoios em outros estados. Além disso, o governo Sérgio Cabral e depois o governo do Eduardo Paes se tornaram grandes aliados políticos do governo federal. Com a realização da final da Copa do Mundo e das Olimpíadas no Rio de Janeiro, o estado foi privilegiado com volumosos investimentos federais. Políticas públicas nacionais tiveram o Rio de Janeiro como modelo de implementação e as UPAs, política fundamental do governo Cabral, viraram uma das principais políticas nacionais na área de saúde.

Essa conjuntura possibilitou a conformação de uma maioria no PT estadual na defesa de uma aliança com o PMDB no estado e na capital. Após as eleições de 2012 torna-se necessário apontar os limites e as perspectivas desta política levando em consideração duas questões. A primeira em relação às possibilidades de construção de um projeto democrático no Rio de janeiro e a segunda em relação ao projeto partidário no estado.

Os limites e as possibilidades de consolidação de um projeto democrático no Rio

Não podemos imaginar que a eleição de Sérgio Cabral em 2010 em primeiro turno e a acachapante vitória de Paes nestas eleições, com quase 65% dos votos válidos, seja fruto apenas do marketing e da amplíssima coligação montada pelo PMDB. A legitimidade alcançada nas urnas, principalmente no caso do prefeito Eduardo Paes, reflete também o reconhecimento da população em relação à melhora dos serviços públicos na cidade e no estado. Evidentemente, estamos falando de um patamar muito rebaixado de políticas públicas realizadas pelos governos anteriores do casal Garotinho no estado e de Cesar Maia na capital.

Reconhecer todos os elementos que sustentam a hegemonia do PMDB no Rio é fundamental para não se fazer uma análise superficial deste processo. Para exemplificar esta situação podemos citar o Programa de Saúde da Família (PSF). Este programa foi implementado em todo Brasil desde os anos 90 e tem, em graus diferentes, alcançado bons resultados na atenção à saúde da população. No Rio, antes do governo Paes, esse programa cobria menos de 10% da população carioca e hoje cobre cerca de 40%. Certamente, faz muita diferença para a população ter um agente comunitário em sua porta oferecendo serviço público de saúde – mesmo que aquém do que defendemos e implementado a partir de uma lógica estranha ao modelo construído pela esquerda. Estamos falando de um serviço fundamental que era praticamente inexistente e agora, mesmo com problemas, é reconhecido pelos usuários.

A aliança com o governo federal também é um elemento fundamental de legitimidade dos governos do PMDB no estado, aumentando consideravelmente o volume de investimentos e programas federais, retirando o Rio de Janeiro do isolamento político e garantindo também o aumento do nível de emprego e da renda da população.

No entanto, torna-se essencial discutir os limites do projeto de sociedade dos governos do PMDB, com objetivo de apontar perspectivas para construção de um programa democrático no estado. Na cidade do Rio a ordenação e o crescimento econômico da cidade e as políticas públicas estão sendo pautadas pela lógica do mercado. Essa lógica tem se expressado na privatização dos espaços públicos e, consequentemente, na despolitização da discussão sobre os rumos da cidade.

As políticas públicas do município e do governo estadual são centralmente orientadas por um processo de mercantilização. A especulação imobiliária, a indústria da saúde e as OSs que dominam diversos segmentos dos serviços públicos têm moldado o crescimento da cidade e a oferta de políticas públicas de acordo com seus interesses. As desocupações, a construção de aparelhos culturais e esportivos e a política de transportes têm seguido a lógica de criar regiões muito valorizadas da cidade em detrimento de regiões muito pobres. Nas áreas mais valorizadas a prefeitura e o governo estadual atuam para criar o ambiente mais favorável para a expansão do mercado imobiliário, cultural e de produtos de luxo, enquanto nas regiões mais pobres o Estado atua ofertando serviços baratos para as classes trabalhadoras. Nestas regiões, o setor privado também atua vendendo serviços de baixa qualidade, onde não existem serviços públicos, como serviços hospitalares, para os setores que saíram recentemente da pobreza.

A gestão municipal tem atuado de formas distintas na organização da cidade. Para a população acessar serviços públicos e organizar suas formas de subsistência enfrenta um conjunto de regras burocráticas, expressas, por exemplo, de forma contundente no Choque de Ordem, que dificultam suas atividades. Por outro lado, o setor privado encontra todas as facilidades e agilidade legais para expandir seus negócios. As necessidades do mercado têm moldado o espaço da cidadania e dos direitos. Portanto, os interesses privados têm prevalecido em detrimento dos interesses públicos nas políticas públicas no Rio de Janeiro.

A falta de um projeto hegemônico de sociedade e a fragmentação das políticas públicas é suprida pela construção de um Estado extremamente autoritário no Rio de Janeiro. Esse autoritarismo se expressa, por um lado, na medicalização social da vida, orientando as formas saudáveis de viver a cidade através da normatização estatal. Esse processo limita as manifestações populares da cidade e captura as subjetividades para a lógica de construção de uma cidade-mercadoria.

Além disso, os espaços públicos foram esvaziados de qualquer mecanismo de participação popular e de construção da autonomia dos cidadãos. Não existe nenhum tipo de política no qual a sociedade possa discutir a execução do orçamento, participar ativamente na elaboração dos projetos de organização da cidade e nem mesmo interferir nas obras e nos tipos de serviços públicos que afetam suas comunidades. As políticas da prefeitura do Rio e do governo do estado não estão a serviço de um novo tipo de relação entre sociedade e Estado. A demanda social é organizada prioritariamente de acordo com os interesses dos mercados privados, impedindo a afirmação da autonomia das comunidades em refletirem sobre seus problemas e se auto-organizarem para lutarem por eles. Nesse caso, o autoritarismo se expressa na não delimitação das atividades do Estado, do mercado e da sociedade civil.

Outro viés autoritário do projeto do PMDB no Rio de janeiro se expressa na relação dos governos com os servidores públicos. Os programas destinados a organizar os serviços públicos são feitos através do estabelecimento de normas e regras burocráticas sem pactuação com os trabalhadores que estão no cotidiano destes serviços. Essa política limita a autonomia dos profissionais em relação ao seu trabalho, impedindo a emergência de processos criativos que tem por objetivo engendrar transformações com perspectiva de fortalecimento do espaço público.

Os limites inerentes ao projeto do PMDB no estado do Rio impedem a disputa da orientação geral desses governos. Torna-se fundamental a formulação de um programa alternativo de sociedade que afirme o espaço público como local de efetivação dos direitos de cidadania. A possibilidade de consolidação dessa estratégia deve orientar o debate interno do PT no próximo período, assim como a sua tática eleitoral em 2014.

A construção de um Projeto Petista no Rio de Janeiro

A partir de 2006 o PT desenvolve uma relação de proximidade com o PMDB no estado do Rio de Janeiro. Essa relação se refletiu no apoio às reeleições de Cabral e Paes, respectivamente governador em 2010 e prefeito em 2012, e na participação destes governos desde 2007. Este acordo se justificava pelo apoio do PMDB ao governo federal, tendo sua importância intensificada pela necessidade de atrair o PMDB para a composição da chapa presidencial em 2010.

A estratégia do PT do Rio se baseava na possibilidade de desenvolver políticas, concatenadas com as executadas pelo governo petista no âmbito nacional, que disputassem o caráter desses governos e na afirmação do seu programa em todos os espaços que participasse. Essa atuação garantiria a identidade partidária e fortaleceria sua legitimidade diante da sociedade. Assim, o PT acumularia forças e construiria as condições necessárias para um projeto mais vigoroso no futuro.

No entanto, as eleições de 2012 mostraram que as previsões não se concretizaram. O PT foi mal nas eleições no estado, tornando-se coadjuvante na disputa das principais cidades fluminenses. Nos 20 maiores municípios do Rio de Janeiro, o PT apresentou candidatura em apenas 7, sendo vitorioso apenas em Angra dos Reis. Nas 5 maiores cidades, apenas uma candidatura, em Niterói, que aparece como favorita na disputa do segundo turno. Prevaleceu a lógica de pequenos acordos para ocupar espaços em governos muitas vezes medíocres, sob o manto do diálogo privilegiado com os partidos da “base aliada”, organizando maiorias municipais a partir de relações despolitizadas e, por vezes, fisiológicas.

Ao mesmo tempo, ficou explícita a movimentação mais agressiva do PMDB de disputa dos rumos do PT. O que, inicialmente, era um movimento externo, de pressão a partir da composição dos governos, transformou-se, desde o ano passado, em um processo combinado de filiação ao PT de políticos de relação privilegiada com o núcleo dirigente do PMDB, de maneira a interferir “por dentro” nos rumos do PT, elegendo parlamentares e organizando novos agrupamentos internos para a disputa das direções no próximo PED.

O caso da capital merece uma análise em separado. O vice petista da chapa majoritária praticamente não apareceu no programa de TV da campanha Paes. A votação na legenda do PT foi pífia, praticamente um terço do total obtido no pleito de 2008. Além disso, o PT elegeu 3 vereadores, dos 4 eleitos, que nada tem de compromisso com o seu programa. Esse resultado mostrou que a tática adotada no Rio de Janeiro diluiu sua identidade partidária. Não foram raras as manifestações de setores historicamente identificados com o petismo de adesão à candidatura Freixo, inclusive votando nos candidatos proporcionais do PSOL, que acabou elegendo uma bancada do mesmo tamanho da petista.

A participação nos governos do PMDB enfraqueceu o projeto petista no Rio de Janeiro. As políticas desenvolvidas pelo PT, quando não eram capturadas pela lógica geral desses governos, não eram publicizadas pelo partido. O PT não se apropriou das experiências que seus quadros produziram no governo, assim como essas experiências não alimentaram o debate interno. Por outro lado, parece que a participação nestes governos deixou o PT apático no que se refere à formulação político-programática, deixando o partido sem discurso nas eleições de 2012.

A falta de nitidez nas posições políticas do PT sobre os temas mais relevantes no Rio de Janeiro fez com que o partido deixasse de dialogar com amplos setores da sociedade. Alguns destes setores mais críticos se posicionaram majoritariamente com a candidatura do PSOL. Não queremos com isso defender que o PT adote o discurso do PSOL com objetivo de disputar o seu eleitorado. Grande parte desse eleitorado, que em 2012 votou no Freixo e já tinha votado em 2008 e 2010 no Gabeira e em 2010 na Marina Silva, pauta-se em um discurso moralista conservador e repudia o projeto petista no âmbito nacional. Ao contrário, é necessária a formulação de um programa de esquerda capaz de deslocar setores que estiveram com o PSOL, mas, principalmente, de dialogar com segmentos, beneficiados ou não por políticas públicas, críticos aos governos do PMDB que não encontraram uma alternativa viável nas últimas eleições.

Para consolidar essa tática de constituição de um novo campo político, é fundamental que o PT se concentre em 3 tarefas no próximo período. A primeira delas é a de construção de um programa político do PT para o Rio de Janeiro. Esse programa deve ter como finalidade apresentar uma opinião pública do partido sobre o processo político no estado e não, simplesmente, levantar questões sobre todas as áreas de atuação governamental. A segunda delas deve ser a adoção de uma postura mais pública de nossas ações no parlamento e nos governos. As políticas que formulamos, seja nos governos do PMDB ou em nossas prefeituras, devem ganhar visibilidade e se tornarem elemento de propaganda sobre nossa concepção de Estado. Por último, devemos construir uma candidatura própria em 2014 para disputar o governo do estado do Rio de Janeiro.

Essa candidatura deve ser a expressão desse campo político impulsionado pelo PT, agregando outros setores sociais e demais partidos políticos. O esforço feito pela maioria da direção estadual do PT para construir de um arco de alianças mais identificado com o campo popular, ainda que tardio e insuficiente, conseguiu minimizar os impactos regressivos da lógica do último período, alterando a rota em importantes municípios do interior e reconstruindo canais de diálogo com o PDT e o PSB. Essa orientação geral deve ser intensificada e combinada com a adoção de um discurso de reconhecimento dos avanços na melhora das condições de vida da população, mas afirmando o nosso projeto como o único capaz de superar os obstáculos que impedem a construção de um processo de democratização do estado, com ampliação radical da agenda de direitos e participação popular. E o melhor nome para representar este campo político é o do senador Lindbergh Farias.

Em suma, cabe ao PT recuperar a centralidade da esfera pública e da democracia, incidindo à esquerda no debate político, resgatando a dimensão estratégica da cidadania ativa e animando a participação da militância, recuperando com ela a nitidez programática e organizando politicamente o novo patamar de demanda social da população do Rio de Janeiro. A insistência em um comportamento politicamente ínsipido e visceralmente atrelado ao PMDB poderá romper de vez os laços já fragilizados entre o PT-RJ e as expectativas dos movimentos sociais e da militância partidária, resultando em uma nova derrota eleitoral combinada com uma perda muito mais grave: a da credibilidade e identidade socialista e democrática.

*Rafael Chagas é Historiador e Bernardo Cotrim é Secretário de Formação Política do PT-RJ

RESOLUÇÃO POLÍTICA DO DIRETÓRIO NACIONAL DO PT

O Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, reunido no dia 10 de outubro de 2012, aprova a seguinte resolução:

No dia 7 de outubro, o povo brasileiro compareceu às urnas, para eleger prefeitos e vereadores de cada um dos 5.567 municípios brasileiros. Em 50 municípios, haverá segundo turno no dia 28 de outubro.

O PT foi o partido mais votado, com 17,2 milhões de votos. Elegemos já no primeiro turno 626 prefeitos e prefeitas, entre os quais 13 em cidades com mais de 150 mil eleitores. Ampliamos nossa presença nos legislativos municipais. Petistas disputam o segundo turno em 22 cidades, entre as quais São Paulo.
Agradecemos a cada brasileiro e a cada brasileira que nos confiou seu voto, seja onde fomos escolhidos para governar e legislar, seja onde nos foi atribuído o papel de oposição.

Nosso desempenho eleitoral foi resultado de uma combinação de fatores: a criatividade e pertinência das propostas que apresentamos para resolver os problemas de cada município; o exemplo globalmente exitoso de nossos governos municipais, estaduais e federal; o prestígio de nossas candidaturas e lideranças, com destaque para Lula e Dilma; nossa capacidade de construir alianças sociais e políticas, tendo como referência a base de apoio de nosso governo federal; e, como fator principal, destacamos a animação, a persistência e a combatividade da militância petista, milhões de homens e mulheres que, em seus locais de residência, estudo, trabalho e lazer, sustentaram com convicção as bandeiras do PT.

Nosso desempenho nas eleições municipais ganha ainda maior significado, quando temos em conta que ele foi obtido em meio a uma intensa campanha, promovida pela oposição de direita e seus aliados na mídia, cujo objetivo explícito é criminalizar o PT. Não é a primeira, nem será a última vez, que os setores conservadores demonstram sua intolerância; sua falta de vocação democrática; sua hipocrisia, os dois pesos e medidas com que abordam temas como a liberdade de comunicação, o financiamento das campanhas eleitorais, o funcionamento do Judiciário; sua incapacidade de conviver com a organização independente da classe trabalhadora brasileira. Mas a voz do povo suplantou quem vaticinava a destruição do Partido dos Trabalhadores.

O voto popular trouxe valiosos ensinamentos ao PT, que devem ser debatidos e incorporados por nossa militância, inclusive para garantir um desempenho vitorioso no segundo turno. Sem nunca perder de vista o caráter local das eleições, daremos prosseguimento ao debate entre diferentes projetos nacionais, a defesa de nossas administrações, a começar pelos governos Lula e Dilma, bem como a defesa de nosso Partido. Aos ataques e manipulações, contraporemos a defesa enfática de nosso projeto estratégico. 

O desempenho do PT no primeiro turno das eleições municipais brasileiras, assim como a vitória do Grande Polo Patriótico nas eleições presidenciais venezuelanas igualmente realizadas no dia 7 de outubro, confirmam a força da esquerda democrática, popular e socialista latinoamericana e caribenha. Ampliar nossa vitória no segundo turno, inclusive conquistando o voto dos milhões de brasileiros que se abstiveram, votaram branco ou nulo, constitui uma garantia a mais de que o Brasil continuará no rumo certo, de paz, integração, bem estar social e desenvolvimento.

Conclamamos o conjunto do Partido, cada um dos nossos filiados, militantes sociais, parlamentares e governantes, a dedicar cada momento dos próximos dias à batalha do segundo turno. O futuro do Brasil e o bem-estar do povo valem o esforço.

Viva o povo brasileiro, viva o PT!

São Paulo, 10 de outubro de 2012.
Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Fala tu!!! Gabriel O Pensador!!!


"Não adianta olhar pro céu com muita fé e pouca luta"

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

QUEREMOS MUDANÇA, QUEREMOS CONCEIÇÃO PREFEITA DE ANGRA

Nossa cidade viveu na última década o maior apogeu econômico de toda a sua história, com o orçamento municipal anual superando R$ 800.000.000,00 (oitocentos milhões de reais). Porém, mesmo com todo esse dinheiro a saúde faliu, a educação retrocedeu, a qualidade do transporte público piorou e não houve investimento efetivo na cultura e no esporte. As únicas coisas que cresceram foram os índices de violência e a ocupação desordenada.

Chegamos a esta situação em função da INCOMPETÊNCIA que está entranhada nas ações do poder público municipal.

Para enfrentar essa situação, nós, dirigentes sindicais, artistas, ambientalistas, servidores públicos, pescadores, estudantes, profissionais de saúde e educação, aposentados e demais cidadãos comprometidos em construir uma Angra dos Reis mais justa e melhor, convocamos a população para por fim a este esquema corrupto e reafirmar os compromissos de uma candidatura popular e comprometida com princípios éticos, transparência e melhoria da qualidade de vida.

Nossa confiança se baseia em 13 compromissos básicos:

1. Reforma administrativa com redução de cargos políticos, qualificação e valorização do servidor e melhoria das condições de trabalho para atender à população;

2. Melhoria da educação fundamental; a implantação do horário integral e da Gestão Democrática; e ampliação da rede de creches, cursos técnicos e universitários;

3. Priorizar a saúde, garantindo serviços de qualidade para todos no atendimento às famílias, ambulatorial, pronto atendimento, especialidades e emergências;

4. Investir na ampliação do saneamento com coleta e tratamento de esgoto, distribuição de água limpa para os cidadãos e preservação e recuperação de rios;

5. Enfrentar o problema das áreas de risco, redirecionando o planejamento e recursos para regiões com maior potencial de crescimento sustentável;

6. Ampliar políticas de transportes (ônibus e embarcações). Implantar ciclovias, ciclofaixas e realizar estudos para adoção de novos meios de transporte de massa;

7. Adoção de uma política ambiental responsável: coleta seletiva e tratamento do lixo, proteção das áreas conservadas e criação de parques municipais;

8. Implantar política cultural baseada nas dimensões simbólica, econômica e cidadã e uma política esportiva que dê saúde aos cidadãos e valorize a profissionalização;

9. Apoiar o turismo no município, priorizando o turismo de pequena escala, inclusivo e com baixos impactos ambientais;

10. Apoio ao setor pesqueiro e fortalecimento da agricultura, da maricultura; e da economia popular; 

11. Apoio às demais forças econômicas do município como porto, indústria naval, etc., visando à geração de emprego e renda aos trabalhadores;

12. Adotar política intersetorial de prevenção e enfrentamento da violência urbana e doméstica, bem como assistência às vítimas, visando garantir paz e segurança;

13. Realizar um governo transparente, auditando contratos passados e executando os novos com idoneidade e competência. Estimular a participação na gestão municipal, através do fortalecimento dos conselhos e outras formas de controle social.

Finalmente, desejamos que a eleição de Conceição Rabha signifique a vitória de toda a população sobre alguns escolhidos, e da responsabilidade sobre o descaso.
Conceição merece nossa confiança, nosso apoio e nosso voto.
Por isso no dia 7 de outubro: NÓS QUEREMOS CONCEIÇÃO 13!

Dirigentes e Representantes dos Movimentos Sociais de Angra
SINSPMAR
Sindicato dos Bancários
SINDIPETRO RJ
SEPE
Ylá Dudu
Comitê de Defesa e Cidadania de Angra dos Reis
União das Associações de Moradores de Angra dos Reis
Centelha Metalúrgica
SAPE
ISABI
AFAUC
Economia Solidária de Angra
Grupo Zangareio

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Angra em Perigo - Parte I


Por Neirobis Nagae*
Comparando doze anos  de PT x Jordões
Há doze anos “eles” se elegeram dizendo: “Vamos tirar o PT do governo porque administrou por doze anos mas não fez nada....(E o povo acreditou).
“O PT traz gente de fora para trabalhar em Angra. Nós vamos fazer concurso só para os angrenses”......( E o povo acreditou).
“Em doze anos o PT não conseguiu despoluir a Praia do Anil. Votando em nós, os angrenses vão poder tomar banho nessa praia”.... (E o povo acreditou).
Passados doze anos, eu pergunto:
-Alguém tem coragem de levar o filho para tomar banho na Praia do Anil?
-E os concursos só para angrenses, cadê?
Cadê o saneamento básico? (condenaram o Prosanear, mas não fizeram nada que fosse melhor! Além de não fazerem a manutenção do que foi implantado
Cadê a marcação de consulta pela internet?
Cadê o investimento nos idosos?
Cadê a melhoria no transporte coletivo? Cadê a água? Cadê o turismo?

Ao contrário do que “eles” prometeram, Angra só piorou nestes últimos doze anos. Com “eles”, pela primeira vez na História, o nome de Angra esteve em jornais e TV do país inteiro por conta da Operação Cartas Marcadas. Na época do PT, Angra tinha sido notícia pelos dois prêmios recebidos da UNICEF como “MUNICÍPIO AMIGO DA CRIANÇA”, pelo trabalho em saúde e educação.
Será que Angra não merece ensino de qualidade? Será que Angra não merece ter associações de moradores independentes? Será que Angra não merece ter Conselhos Municipais que funcionem com independência? Será que Angra não merece ter funcionários com direito a discordar e a fazer críticas, sem o perigo da perseguição?

Angra corre perigo de continuar neste caminho do atraso, porque “eles” são mestres em “dourar a pílula” (Um exemplo claro é o asfalto colocado sobre os paralelepípedos da antiga Rua das Palmeiras, semana passada). Apesar do perigo, Angra pode ser salva, pois o poder não está nas mãos de nenhum político, de nenhum sábio, de nenhum milionário.
O Poder está nas mãos dos eleitores. E eu tenho confiança na inteligência social.
 
*Neirobis Nagae é ex prefeito de Angra dos Reis (primeiro eleito no estado do Rio de Janeiro) e ex deputado Estadual.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

sábado, 8 de setembro de 2012

Fala tu!!! Cadu Amaral sobre o financiamento privado de campanha


"Empresas privadas, de qualquer natureza, financiando campanhas transformam parlamentares e gestores em lobistas de seus interesses. O país precisa debater mais a fundo essa questão."

A frase é parte do artigo PSDB é assim: não paga as contas, mas financia campanha eleitoral, de autoria dele.
Cadu Amaral, é secretário de Organização do PT em Maceió.