Como vocês sabem, venho
defendendo publicamente, desde junho de 2013, a ruptura do PT do RJ com o PMDB
dos governos Cabral e Paes, mesmo que isso representasse a perda do nosso mandato,
pois sou suplente e essa ruptura significaria a volta dos dois secretários para
a Alerj, que hoje estão no governo do estado e são deputados. Fizemos isso por
entender que esses governos desrespeitam e agridem professores, submetem o
interesse público ao privado - em especial na questão da mobilidade urbana-,
enfim, não têm a nossa identidade. Pior do que perder o mandato é perder a
identidade e essa aliança está destruindo a identidade do PT. (Veja o vídeo de
julho do ano passado onde explicitamos essa posição)
Além disso, temos candidato próprio, com programa de mudança para o estado, construído de forma democrática e participativa.
Além disso, temos candidato próprio, com programa de mudança para o estado, construído de forma democrática e participativa.
No último dia 25 de janeiro, foi
noticiado pela imprensa a oficialização desse rompimento, ratificado pela
Executiva Estadual do PT em 27 de janeiro. Mesmo sendo muito tarde frente a
real necessidade dessa ruptura, entendemos que esse novo momento sinaliza um
importante passo no resgate dos valores que permearam a nossa construção
histórica. Entretanto, para que isso se concretize, será fundamental a ruptura
também com o Governo Eduardo Paes. E isso vai muito além do que uma simples
visão pragmática das eleições do ano que vem: é a consolidação da reconstrução
de um projeto político de esquerda diretamente ligado aos interesses dos
trabalhadores e trabalhadoras em nosso estado.
Foram muitas vitórias ao longo
desses três anos de mandato e não poderíamos deixar de mencionar uma parte
delas, como a aprovação do relatório da CPI das Universidades Privadas na Alerj
com todos os encaminhamentos, inclusive os indiciamentos e o pedido de
intervenção na GamaFilho e UniverCdidade; a briga com o MEC pela intervenção e
a defesa dos alunos, pais, professores e funcionários nos seus direitos; a luta
constante e incondicional com os profissionais da Educação, votando sempre com
eles; a participação e defesa dos professores do município do Rio que sofreram
as agressões da PM durante a ocupação da Câmara Municipal – onde estive
presente lutando contra os abusos da polícia– ; a aprovação da nossa lei das
férias escolares unificadas em janeiro; a lei que obriga o uso prioritário de
software livre nas repartições públicas estaduais; a aprovação da dedicação
exclusiva para a UERJ; a defesa incondicional dos pontos de cultura, a luta
pela aprovação da lei estadual de cultura e a nossa atuação como presidente na
Comissão de Cultura da Alerj; a luta pela aprovação do nosso projeto de lei
para erradicação do trabalho escravo; a assinatura em todas as CPIs contra o
governo Cabral onde ficou claro o uso indevido de recursos públicos; na vitória
da luta dos músicos na crise da Orquestra Sinfônica Brasileira, entre outras.
Sigo na luta. Voltarei para a
minha Petrobras, onde sou servidor concursado, e reassumirei também minhas
funções como educador. Continuarei lutando ao lado dos moradores de
Jacarepaguá, dos profissionais da Educação, dos companheiros e companheiras do
PT e da esquerda, do Pré-Vestibular para Negros e Carentes, feliz com a
sensação de dever cumprido. De que, como católico, ter “combatido o bom
combate”, mesmo com as limitações da suplência. De ter feito do nosso mandato
um instrumento de luta dos trabalhadores e das trabalhadoras, de defesa dos
excluídos e dos mais necessitados, enfrentando quem precisasse enfrentar.
O ano de 2014 será importante para o nosso estado e continuarei lutando em prol das mesmas causas e contando sempre com o apoio dos antigos amigos e dos novos que se juntaram em nossa caminhada.
O ano de 2014 será importante para o nosso estado e continuarei lutando em prol das mesmas causas e contando sempre com o apoio dos antigos amigos e dos novos que se juntaram em nossa caminhada.
Paz e bem a todos e vamos juntos,
sempre juntos. Sem você, literalmente, não dá.
Robson Leite