Por Glória Ramos
Companheiros e Companheiras,
Cumpre-me informar incidente lamentável ocorrido na manhã do dia 20 de novembro em frente ao palanque onde ocorriam as atividades comemorativas pelo dia da Consciência Negra.
Haviam dois trabalhadores com duas bandeiras da CUTRJ localizados em frente ao palanque. Em determinado momento um rapaz pega um deles pelo braço, o que carregava a bandeira maior, e o desloca para a calçada alegando que a bandeira atrapalhava a filmagem do evento.
Eu vi o rapaz, que se dizia da organização do evento, conduzindo o que portava a bandeira e intervi. Levei o “porta bandeira” de volta para a cena no meio do evento quando fui abordada pelo tal rapaz que se dizia da organização. Ele disse que a bandeira atrapalhava a filmagem da globo. Eu retruquei dizendo que a globo filmasse a bandeira ou que se posicionasse em outro lugar. Ele disse: “Sabe o que vc é? Uma fdp.
Eu o respondi! E a bandeira ficou no lugar.
Quero lamentar que pessoas tão despreparadas sejam envolvidas em atividades públicas e desrespeitem outro(a)s trabalhadores e trabalhadoras achando que podem tomar conta de todo o pedaço e que nós devemos nos colocar em lugar que não os atrapalhe.
Eles não tinham noção de que a festa era nossa e que deveria ser registrada a nossa movimentação sem exclusões.
Mais uma vez registra-se um movimento excludente e discriminatório que teve como objeto central a bandeira da Central – CUT.
Tal incidente se deu da mesma maneira em 2009 quando pelo mesmo motivo e pelos mesmos protagonistas a bandeira da CUT foi retirada da cena por uma jornalista da globo. Desta vez eles mandaram um rapaz não identificado com a emissora. Mas um rapaz que ainda perguntou meu nome e eu lhe respondi, nome e sobrenome.
O incidente foi comunicado ao presidente do CEDINE, por companheiros que testemunharam o incidente.
Observei que faziam parte da dita organização jovens branca(o)s, inclusive uma moça veio de forma intempestiva se meter na situação, mas foi afastada pelo próprio grupo, quando os companheiros chamaram o Coordenador do evento.
Imagino que estes jovens, talvez estagiários inábeis e com pouca competência recebam algum benefício para “colaborarem” com a atividade. O que me faz perguntar, já que se trata de uma atividade da consciência negra promovida por estado e prefeitura, porque a organização era tão, inabilmente, branca? Talvez se fossem jovens negros e negras estes saberiam respeitar pessoas negras mais velhas e também a Central Única dos Trabalhadores.
Como considero sempre todas as situações, principalmente as adversas, educativas, recomendo que a organização envolva mais a juventude negra e prepare a todos e todas melhor, entendendo quem são as representações que prestigiam o evento. Até porque a emissora não estava lá prestigiando.
Encerro este relato, mais uma vez lamentando o fato e verificando que ainda temos muito que fazer pelo combate ao racismo, ao machismo, à intolerância religiosa e todas as formas de preconceito e discriminação.
Atenciosamente,
Glorya Ramos
Secretária de Igualdade Racial da CUT RJ
Companheiros e Companheiras,
Cumpre-me informar incidente lamentável ocorrido na manhã do dia 20 de novembro em frente ao palanque onde ocorriam as atividades comemorativas pelo dia da Consciência Negra.
Haviam dois trabalhadores com duas bandeiras da CUTRJ localizados em frente ao palanque. Em determinado momento um rapaz pega um deles pelo braço, o que carregava a bandeira maior, e o desloca para a calçada alegando que a bandeira atrapalhava a filmagem do evento.
Eu vi o rapaz, que se dizia da organização do evento, conduzindo o que portava a bandeira e intervi. Levei o “porta bandeira” de volta para a cena no meio do evento quando fui abordada pelo tal rapaz que se dizia da organização. Ele disse que a bandeira atrapalhava a filmagem da globo. Eu retruquei dizendo que a globo filmasse a bandeira ou que se posicionasse em outro lugar. Ele disse: “Sabe o que vc é? Uma fdp.
Eu o respondi! E a bandeira ficou no lugar.
Quero lamentar que pessoas tão despreparadas sejam envolvidas em atividades públicas e desrespeitem outro(a)s trabalhadores e trabalhadoras achando que podem tomar conta de todo o pedaço e que nós devemos nos colocar em lugar que não os atrapalhe.
Eles não tinham noção de que a festa era nossa e que deveria ser registrada a nossa movimentação sem exclusões.
Mais uma vez registra-se um movimento excludente e discriminatório que teve como objeto central a bandeira da Central – CUT.
Tal incidente se deu da mesma maneira em 2009 quando pelo mesmo motivo e pelos mesmos protagonistas a bandeira da CUT foi retirada da cena por uma jornalista da globo. Desta vez eles mandaram um rapaz não identificado com a emissora. Mas um rapaz que ainda perguntou meu nome e eu lhe respondi, nome e sobrenome.
O incidente foi comunicado ao presidente do CEDINE, por companheiros que testemunharam o incidente.
Observei que faziam parte da dita organização jovens branca(o)s, inclusive uma moça veio de forma intempestiva se meter na situação, mas foi afastada pelo próprio grupo, quando os companheiros chamaram o Coordenador do evento.
Imagino que estes jovens, talvez estagiários inábeis e com pouca competência recebam algum benefício para “colaborarem” com a atividade. O que me faz perguntar, já que se trata de uma atividade da consciência negra promovida por estado e prefeitura, porque a organização era tão, inabilmente, branca? Talvez se fossem jovens negros e negras estes saberiam respeitar pessoas negras mais velhas e também a Central Única dos Trabalhadores.
Como considero sempre todas as situações, principalmente as adversas, educativas, recomendo que a organização envolva mais a juventude negra e prepare a todos e todas melhor, entendendo quem são as representações que prestigiam o evento. Até porque a emissora não estava lá prestigiando.
Encerro este relato, mais uma vez lamentando o fato e verificando que ainda temos muito que fazer pelo combate ao racismo, ao machismo, à intolerância religiosa e todas as formas de preconceito e discriminação.
Atenciosamente,
Glorya Ramos
Secretária de Igualdade Racial da CUT RJ
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