Este manifesto apresenta algumas das principais razões pelas quais nós, de diferentes movimentos, correntes, grupos e municípios, nos unimos em um movimento para mudar a JPT do estado do Rio de Janeiro. Nesta semana, completam-se quatro anos da realização do I Congresso da JPT. Embora marcado por contradições de uma juventude que recém começava a repensar sua organização e seu papel, ele logrou afirmar valores que animam sonhos generosos com o futuro de nosso partido. Entre as principais conquistas deste espaço estiveram a bandeira unificada para JPT de se “construir uma sociedade livre, justa e solidária”, de “garantir o desenvolvimento nacional”, “erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais”.
Como vemos, os desafios colocados para esta primeira gestão não foram pequenos. Apesar de todo o saldo positivo deste processo, chegamos ao II Congresso da JPT com a evidência de que ainda temos de caminhar muito para consolidarmos uma JPT comprometida com uma visão de que a juventude tem uma dimensão estratégica para o projeto de desenvolvimento que nosso partido apresenta para o Brasil. Isso significa que este II Congresso tem a enorme tarefa de organizar e afirmar uma juventude socialista, militante e de massas capaz de conduzir o processo de profunda transformação social em curso em nosso país.
Para que tudo isto ocorra, as secretarias estaduais da JPT terão papel central neste processo. Caberá a elas garantir a organização cotidiana dos militantes e filiados, além de realizar na base as campanhas da JPT, a formação política e as atividades de mobilização. No Rio de Janeiro, a maior parte das bandeiras da juventude trabalhadora, e por consequência do PT, não foram abraçadas pelo governo estadual que nosso partido compõe. Ainda prevalecem os casos de criminalização da pobreza, especialmente da juventude pobre e negra, por parte da polícia e nossa juventude ainda está longe de ter seu direito de acesso a educação e serviços públicos de qualidade garantidos. No governo Sérgio Cabral, diferentemente dos Governos Lula e Dilma, o movimento social é reprimido e criminalizado.
Para começarmos a reverter este quadro, o PT do Rio de Janeiro deve estar comprometido em apresentar seu programa político, através de candidatura própria, nas próximas eleições para o governo do estado. Neste sentido, a juventude deve se colocar como protagonista deste processo, pautando suas bandeiras e estando à frente enquanto direção da construção deste programa e desta campanha. Eleger o companheiro Lindberg governador do estado do Rio de Janeiro é prioridade da nossa campanha.
Sabemos que a JPT do Rio hoje está seriamente fragilizada, desorganizada, sendo pautada pelas disputas internas e extremamente limitada para cumprir este papel. Precisamos de uma secretaria que seja capaz de mudar este quadro, que consiga atender a toda esta demanda de organização, de enraizamento nos municípios do interior e que possa dialogar com o conjunto de grupamentos e tendências de nosso partido, unificando a atuação da JPT fluminense no movimento social, fazendo formação política nos municípios e organizando campanhas públicas da JPT no estado.
É a partir desta perspectiva que apresentamos a candidatura do companheiro Daniel Gaspar a secretário estadual da JPT do Rio de Janeiro. Acreditamos que Daniel, ex-diretor de relações internacionais da UNE e militante da JPT RJ, pode cumprir este papel. Esta candidatura representa todos e todas que querem renovar e reconstruir um papel protagonista para esta juventude petista em nosso estado!
13 pontos para mudar a JPT do Rio de Janeiro:
1 – A JPT tem que participar de forma unificada e organizada nos movimentos sociais. A lógica institucional não pode nos separar das lutas sociais.
2 – É preciso ter cursos de formação política para os jovens petistas em todos os municípios e regiões do Estado.
3 – É preciso interiorizar a JPT. As atividades de formação política, campanhas etc.. não podem ocorrer apenas na capital!
4 – A JPT tem que ter uma política de comunicação nas redes sociais, assim como boletins informativos periódicos e um site.
5 – A JPT deve combater as opressões geracionais, raciais, de gênero, de orientação sexual. Devemos realizar encontros estaduais LGBTTT, de jovens petistas negros, de jovens petistas mulheres.
6 – Não podemos ser acríticos ao Governo Sérgio Cabral. Somos partido, tomamos parte na sociedade e devemos defender os interesses dos jovens e trabalhadores.
7 – Devemos incentivar os candidatos jovens a vereador no próximo ano, realizando um encontro estadual, que deve tirar bandeiras em comum a serem defendidas por todos os candidatos a vereador e prefeito do PT-RJ!
8 – É preciso ter uma campanha pública da JPT, que dispute a consciência e os valores dos jovens!
9 – A JPT também deve ter ação legislativa, propondo leis aos deputados e vereadores do PT, que garantam conquistas e direitos para a juventude do Rio de Janeiro.
10 – Devemos construir um fórum com as juventudes de esquerda do Rio de Janeiro. É hora de unificar a esquerda!
11 – É preciso estar em sintonia com as secretarias municipais. Devemos fazer plenárias anuais com todos os secretários e secretárias municipais recém-eleitos do estado do Rio de Janeiro para deliberar sobre campanhas, mobilizações e demais pautas que surjam.
12 – A JPT deve investir em festas, confraternizações e eventos culturais que permitam que os jovens petistas se expressem artisticamente.
13 – Temos que construir a candidatura própria do companheiro Lindberg a Governador do estado do Rio de Janeiro!
Por essas razões, apoiamos a candidatura do companheiro Daniel Gaspar à secretário estadual de juventude do PT do Rio de Janeiro e convidamos todos e todas que acreditam neste projeto e nesta candidatura a assinar nosso manifesto e seguir em luta conosco para eleger Daniel Gaspar secretário e construir uma nova JPT para o nosso estado.
Ousar lutar, ousar vencer, é PELA ESQUERDA que se muda o PT!
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