terça-feira, 22 de maio de 2012

NOTA DA KIZOMBA EM SOLIDARIEDADE À GREVE DOS/AS TRABALHADORES/AS DA EDUCAÇÃO

No momento em que a sociedade caminha para o final das discussões sobre o Plano Nacional de Educação (PNE), apontando metas para a educação brasileira nos próximos dez anos, ficam nítidos os enormes desafios para superarmos um histórico de descaso e sucateamento da educação pública.
A baixa qualidade da educação básica; as enormes defasagens entre idade e série cursada em todos os níveis de ensino; a insuficiente quantidade de jovens no ensino superior; o descaso com os profissionais da educação; o descumprimento do piso salarial nacional e ausência dos planos de carreira são alguns exemplos que fazem com que a nossa educação seja ainda muito atrasada e aquém das necessidades de desenvolvimento e bem-estar da sociedade brasileira.
É fundamental ampliar a prioridade e o peso da educação para avançarmos em mais conquistas para o povo brasileiro. A garantia de um patamar equivalente a 10% do PIB para educação pública e 50% do Fundo Social do pré-sal e dos royalties do petróleo são decisivos para um financiamento que garanta mais expansão e mais qualidade em todos os níveis. Mas é necessário também reestruturar a educação brasileira, que ainda reflete as reformas realizadas no período da ditadura militar e aprofundadas sob os ditames do neoliberalismo.
É nesse contexto que nos solidarizamos com a greve iniciada pelos/as trabalhadores/as da educação, professores e técnicos administrativos, e que já conta com a adesão de 40 universidades. Acreditamos que a classe trabalhadora se fortaleceu nesses últimos anos e, por isso, estão abertas possibilidades de novas lutas e vitórias.
As conquistas para a classe trabalhadora são frutos de muito suor e luta. A Kizomba, corrente política que atua em diversas universidades e escolas, se soma a essas lutas. Orientamos a nossa militância a incentivar o debate com o conjunto dos/as estudantes, contribuindo para a politização das pautas da greve e aderindo a elas sempre que necessário.

São Paulo, 22 de maio de 2012

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