Por Cledisson Junior
O autor do atentado em Oslo, na Noruega, se diz fundamentalista cristão, contra os imigrantes, e membro de uma organização de extrema direita. Algumas das vítimas participavam de um encontro de uma organização de trabalhistas.
Nos Estados Unidos, o New York Times fez imediatamente essa leitura política do gesto enlouquecido e deixou claro que se tratava de um cristão de extrema direita. O que, associado à xenofobia, pode contaminar a Europa. O El País da Espanha enfatiza o caráter xenófobo, antimuçulmano do assassino.
Na página da BBC online, se sabe: "O assassino participava de um fórum neonazista na internet." Ele acredita que os muçulmanos querem colonizar a Europa Ocidental e culpa as idéias “multiculturalistas” e do “Marxismo cultural” por incentivar isso. Para ele não há um único país em que muçulmanos vivam em paz com não-muçulmanos. E isso sempre tem consequências catastróficas, diz ele.
Ele se considera cristão, conservador, adepto da musculação e da Maçonaria. É fã do presidente russo Vladimir Putin. Nos Estados Unidos, esse extremismo de direita, xenófobo, se acolhe no leito macio no movimento Tea Party que tem como símbolo mais exuberante, hoje, a deputada republicana por Minnesota, Michele Bachmann.
Ela é homofóbica, xenófoba, não votará na ampliação do teto para endividamento dos Estados Unidos em hipótese alguma, considera o aquecimento global uma fraude, e acha que uma das opções para negociar com o Irã é jogar uma bomba atômica.
Bachmann pertence a uma denominação luterana e, com o marido, dirige uma clinica de aconselhamento psicológico, que, entre outras atividades comerciais, se propõe a converter homossexuais ao heterossexualismo.
Quem aqui no Brasil, segundo o professor Wanderley Guilherme dos Santos, se apropriou da doutrina da extrema direita? Quem explorou o aborto e chamou o Papa para a campanha? Quem foi a cultos evangélicos passar a mão da cabeça (a outra mão empunhava a Bíblia) de manifestantes homofóbicos? Quem pôs nos bolivianos a culpa pela tragédia da cocaina e do crack? Quem disse que a baixa qualidade da educação em São Paulo se deve aos “migrantes”? Quem trouxe o Irã para a campanha presidencial e criticou uma política de envolvimento e negociação? Quem foi ao Clube da Aeronáutica do Rio denunciar a marxista Dilma Roussef?
Quem? É preciso dar nome aos bois.
Na Noruega, ele se chama Anders Behring Breivik.
Nos Estados Unidos, Michele Bachmann.
No Brasil, José Serra.
Clédisson Júnior
O autor do atentado em Oslo, na Noruega, se diz fundamentalista cristão, contra os imigrantes, e membro de uma organização de extrema direita. Algumas das vítimas participavam de um encontro de uma organização de trabalhistas.
Nos Estados Unidos, o New York Times fez imediatamente essa leitura política do gesto enlouquecido e deixou claro que se tratava de um cristão de extrema direita. O que, associado à xenofobia, pode contaminar a Europa. O El País da Espanha enfatiza o caráter xenófobo, antimuçulmano do assassino.
Na página da BBC online, se sabe: "O assassino participava de um fórum neonazista na internet." Ele acredita que os muçulmanos querem colonizar a Europa Ocidental e culpa as idéias “multiculturalistas” e do “Marxismo cultural” por incentivar isso. Para ele não há um único país em que muçulmanos vivam em paz com não-muçulmanos. E isso sempre tem consequências catastróficas, diz ele.
Ele se considera cristão, conservador, adepto da musculação e da Maçonaria. É fã do presidente russo Vladimir Putin. Nos Estados Unidos, esse extremismo de direita, xenófobo, se acolhe no leito macio no movimento Tea Party que tem como símbolo mais exuberante, hoje, a deputada republicana por Minnesota, Michele Bachmann.
Ela é homofóbica, xenófoba, não votará na ampliação do teto para endividamento dos Estados Unidos em hipótese alguma, considera o aquecimento global uma fraude, e acha que uma das opções para negociar com o Irã é jogar uma bomba atômica.
Bachmann pertence a uma denominação luterana e, com o marido, dirige uma clinica de aconselhamento psicológico, que, entre outras atividades comerciais, se propõe a converter homossexuais ao heterossexualismo.
Quem aqui no Brasil, segundo o professor Wanderley Guilherme dos Santos, se apropriou da doutrina da extrema direita? Quem explorou o aborto e chamou o Papa para a campanha? Quem foi a cultos evangélicos passar a mão da cabeça (a outra mão empunhava a Bíblia) de manifestantes homofóbicos? Quem pôs nos bolivianos a culpa pela tragédia da cocaina e do crack? Quem disse que a baixa qualidade da educação em São Paulo se deve aos “migrantes”? Quem trouxe o Irã para a campanha presidencial e criticou uma política de envolvimento e negociação? Quem foi ao Clube da Aeronáutica do Rio denunciar a marxista Dilma Roussef?
Quem? É preciso dar nome aos bois.
Na Noruega, ele se chama Anders Behring Breivik.
Nos Estados Unidos, Michele Bachmann.
No Brasil, José Serra.
Clédisson Júnior
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