Clédisson Júnior
Construir o partido para combater o racismo
Resultado legitimo das lutas de classes no Brasil, o Partido dos Trabalhadores apresenta-se como o instrumento de representação da classe trabalhadora em nosso país. Tanto no campo quanto na cidade, este elemento é fundamental no processo de superação do capital e das transformações social que tanto desejamos.
Consideramos que a juventude é hoje o principal capital político do partido, nossos(as) jovens militantes constroem lutas em diversas frentes de atuação, onde cada vez mais assumimos papel protagonista na construção partidária e nos direções do movimento social brasileiro.
Cabe a juventude do Partido dos Trabalhadores (JPT) a responsabilidade de promover ao centro de sua plataforma programática a defesa intransigente do caráter emancipatorio da luta antiracista, compreendendo a relação histórica que concatena a opressão de classe e a opressão etnico-racial em nosso país.
Compreender o racismo como instrumento que legitima a desigualdade sistêmica de oportunidades e como um processo histórico, desestruturante da condição humana, em função do caráter exploratório de um grupo étnico socialmente hegemônico sobre outro, nos é apresentado como caminho de superação das desigualdades, a luta política.
O combate ao racismo e a luta pela promoção da igualdade racial deve vir acompanhada de uma perspectiva mais ampla da compreensão da luta social e os esforços a serem empregados em uma disputa por uma sociedade justa e solidaria.
A busca pela superação do paradigma do racismo e pela conquista da cidadania efetiva da juventude negra brasileira passa pela dinâmica de organização e ampliação das articulações que objetivam na luta contra racismo e na superação do sistema capitalista a conquista de uma vida digna para jovens negros e negras, apresentando a juventude do Partido dos Trabalhadores (JPT) e os movimentos de juventude negra como os principais atores deste processo.
Enegrecendo as lutas juvenis
No Brasil após a primeira experiência de um governo progressista e com grande base popular observou-se uma melhoria nas condições de vida da juventude brasileira no que diz respeito à ampliação dos direitos, como o acesso a educação, aumento dos postos de trabalho, melhoria nos serviços de saúde, entre outros indicadores, contudo os avanços conquistados não foram suficientes para barrar o crescimento da escala de violência e abandono vivenciada pela juventude negra de nosso país.
No que diz respeito ao acesso aos direitos básicos e imprescindíveis para a dignidade humana, recaem sobre a juventude negra os piores índices sobre avaliações ligadas às condições de precariedade que envolve o mundo do trabalho, acesso a educação superior, serviços de saúde e direito a justiça, tornando estes índices mais acentuados quando se faz o recorte de gênero.
O combate a pobreza extrema, reorientação do tratamento dada à juventude negra por parte do aparelho de segurança do Estado, discriminalização do aborto, direito a cidade, acesso ao ensino superior e políticas que garantam o fim do trabalho escravo e precário, são frutos de políticas publicas que dialogam com a realidade vivenciada pela juventude negra brasileira e que somente serão implementadas se forem compreendidas como elementos estruturais na constituição de uma agenda estratégica em um novo projeto nacional de desenvolvimento que objetive a superação das opressões e o advento de uma sociedade de solidariedade, feminista e multienica.
Por uma JPT com a cara da juventude brasileira.
Para que a juventude do PT possa incorporar com qualidade as demandas da juventude negra brasileira, se faz necessária a ampliação da representação de nossos jovens negros e negras na dinâmica dirigente da JPT assim como do partido como um todo.
A grande conquista que foi a aprovação da paridade étnica racial na direção da JPT no I ConJPT nos instrumentalizou para enviarmos um importante recado a conjunto do partido, de que a nossa “práxis” é resultado do nosso compromisso com a construção e organização partidária e referenciada na luta pela emancipação das classes populares e oprimidas.
A construção do partido revolucionário capaz de conduzir o novo bloco histórico, dirigindo as tarefas da revolução democrática, sendo assim promotor das transformações sócio-políticas e econômicas rumo a uma nova sociedade, deve cada vez mais promover em seu interior a participação de jovens homens e mulheres negras em seus espaços de direções.
Clédisson Júnior é militante do Coletivo Nacional de Juventude Enegrecer* e assina a tese Avante! ao II ConJPT.
Resultado legitimo das lutas de classes no Brasil, o Partido dos Trabalhadores apresenta-se como o instrumento de representação da classe trabalhadora em nosso país. Tanto no campo quanto na cidade, este elemento é fundamental no processo de superação do capital e das transformações social que tanto desejamos.
Consideramos que a juventude é hoje o principal capital político do partido, nossos(as) jovens militantes constroem lutas em diversas frentes de atuação, onde cada vez mais assumimos papel protagonista na construção partidária e nos direções do movimento social brasileiro.
Cabe a juventude do Partido dos Trabalhadores (JPT) a responsabilidade de promover ao centro de sua plataforma programática a defesa intransigente do caráter emancipatorio da luta antiracista, compreendendo a relação histórica que concatena a opressão de classe e a opressão etnico-racial em nosso país.
Compreender o racismo como instrumento que legitima a desigualdade sistêmica de oportunidades e como um processo histórico, desestruturante da condição humana, em função do caráter exploratório de um grupo étnico socialmente hegemônico sobre outro, nos é apresentado como caminho de superação das desigualdades, a luta política.
O combate ao racismo e a luta pela promoção da igualdade racial deve vir acompanhada de uma perspectiva mais ampla da compreensão da luta social e os esforços a serem empregados em uma disputa por uma sociedade justa e solidaria.
A busca pela superação do paradigma do racismo e pela conquista da cidadania efetiva da juventude negra brasileira passa pela dinâmica de organização e ampliação das articulações que objetivam na luta contra racismo e na superação do sistema capitalista a conquista de uma vida digna para jovens negros e negras, apresentando a juventude do Partido dos Trabalhadores (JPT) e os movimentos de juventude negra como os principais atores deste processo.
Enegrecendo as lutas juvenis
No Brasil após a primeira experiência de um governo progressista e com grande base popular observou-se uma melhoria nas condições de vida da juventude brasileira no que diz respeito à ampliação dos direitos, como o acesso a educação, aumento dos postos de trabalho, melhoria nos serviços de saúde, entre outros indicadores, contudo os avanços conquistados não foram suficientes para barrar o crescimento da escala de violência e abandono vivenciada pela juventude negra de nosso país.
No que diz respeito ao acesso aos direitos básicos e imprescindíveis para a dignidade humana, recaem sobre a juventude negra os piores índices sobre avaliações ligadas às condições de precariedade que envolve o mundo do trabalho, acesso a educação superior, serviços de saúde e direito a justiça, tornando estes índices mais acentuados quando se faz o recorte de gênero.
O combate a pobreza extrema, reorientação do tratamento dada à juventude negra por parte do aparelho de segurança do Estado, discriminalização do aborto, direito a cidade, acesso ao ensino superior e políticas que garantam o fim do trabalho escravo e precário, são frutos de políticas publicas que dialogam com a realidade vivenciada pela juventude negra brasileira e que somente serão implementadas se forem compreendidas como elementos estruturais na constituição de uma agenda estratégica em um novo projeto nacional de desenvolvimento que objetive a superação das opressões e o advento de uma sociedade de solidariedade, feminista e multienica.
Por uma JPT com a cara da juventude brasileira.
Para que a juventude do PT possa incorporar com qualidade as demandas da juventude negra brasileira, se faz necessária a ampliação da representação de nossos jovens negros e negras na dinâmica dirigente da JPT assim como do partido como um todo.
A grande conquista que foi a aprovação da paridade étnica racial na direção da JPT no I ConJPT nos instrumentalizou para enviarmos um importante recado a conjunto do partido, de que a nossa “práxis” é resultado do nosso compromisso com a construção e organização partidária e referenciada na luta pela emancipação das classes populares e oprimidas.
A construção do partido revolucionário capaz de conduzir o novo bloco histórico, dirigindo as tarefas da revolução democrática, sendo assim promotor das transformações sócio-políticas e econômicas rumo a uma nova sociedade, deve cada vez mais promover em seu interior a participação de jovens homens e mulheres negras em seus espaços de direções.
Clédisson Júnior é militante do Coletivo Nacional de Juventude Enegrecer* e assina a tese Avante! ao II ConJPT.
*O coletivo nacional de juventude enegrecer é um espaço de organização e formação política de jovens negros e negras que se referenciam no Partido dos Trabalhadores e que compreendem na luta política um instrumento estratégico no processo de superação do racismo em nossa sociedade.
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