terça-feira, 22 de junho de 2010

FONAJUNE participará de eleição no Conselho Nacional de Segurança Pública‏

Pela primeira vez na história uma entidade de juventude negra irá concorrer a uma cadeira do Conselho Nacional de Segurança Publica – CONASP. Esperamos contar com o apoio de todas as entidades do Movimento Negro e aliadas da luta pela igualdade racial em nossa sociedade.

As entidades que apóiam a nossa candidatura devem inscrever-se pela internet, até o dia 25 para votar, a votação ocorrerá pela internet no dia 30 de agosto.

O Conasp tem por finalidade atuar, como órgão normativo, na formulação de estratégias e no controle de execução da Política Nacional de Segurança Pública e promover a integração entre órgãos de segurança pública federais, estaduais, distritais e municipais. O Fórum Nacional de Juventude Negra vê essa candidatura como forma de potencializar as ações da Campanha Nacional contra o Extermínio de Juventude Negra.

A Campanha contra o extermínio

Os dados disponíveis revelam que o processo de genocídio da população negra tem como alvo preferencial à juventude negra. A desconstrução do atual modelo de segurança pública que viabiliza o processo de genocídio, atuando de maneira seletiva e têm como fundamentos o racismo e a desigualdade, foi um dos objetivos impulsionadores do processo de construção do I Encontro Nacional de Juventude Negra e da Campanha Nacional contra o Extermínio da Juventude Negra.

A Campanha Nacional contra o Extermínio da Juventude Negra, sob coordenação do Fórum Nacional de Juventude Negra e dinamização dos Fóruns Estaduais de Juventude Negra, surge como um instrumento de luta e discussão com a sociedade brasileira sobre o atual modelo de segurança pública, visando a construção de outro modelo que respeite os direitos humanos e seja compatível com um Estado Democrático e de Direito, reduzindo assim o alto índice de violência contra a população negra em especial a juventude negra.

Os objetivos da Campanha:

· Dar visibilidade a estratégias de combate a violência contra a juventude negra já instituídas, que são exitosas e que podem ser fortalecidas através desta Campanha;
· Estabelecer as ações e iniciativas da Campanha como um espaço permanente de referência para os debates e articulações em torno do tema da violência contra a juventude negra e as estratégias para combatê-la;
· Fortalecer as ações que a própria juventude negra vem desenvolvendo em suas comunidades e sua inserção junto à Campanha;
· Produção e publicação de relatórios e diagnósticos analíticos que demonstrem não só como a violência vem se desenvolvendo, mas aponte soluções efetivas para combatê-la; incluindo a sistematização dos dados sobre violência juvenil, com recorte étnico-racial, nas principais capitais brasileiras, com a participação de especialistas e pesquisadores sobre os temas de juventude, direitos humanos e violência, priorizando a participação de profissionais negros(as);
· Monitoramento das políticas públicas aplicadas ao combate à violência, à juventude negra e seu relacionamento com a questão da violência e outros temas;
· Impulsionar a criação de canais de denúncia e obtenção de números para crimes de violência contra jovens negros(as), articulados em rede com profissionais do Direito, parlamentares, especialistas; apurando e dando o suporte para a resolução dos casos de violência e responsabilização dos(as) responsáveis;
· Atuação efetiva no processo da I Conferência Nacional de Segurança Pública, convocada pelo Ministério da Justiça, que prevê a reformulação – com a participação da sociedade civil, do sistema nacional de segurança pública, formulando propostas de políticas públicas que combatam o alto índice de mortalidade da juventude negra;
· Realização de seminários e debates envolvendo especialistas nos temas em questão, aprofundando as discussões sobre direitos humanos, segurança pública e violência contra juventude;
· Influenciar a construção de um novo modelo de segurança pública através da desmilitarização da polícia, provocando mudanças estruturais na corporação e possibilitando um maior controle social;
· Desenvolvimento de ações que contribuam para a garantia dos direitos da população carcerária, visando a ressocialização dos (as) apenados (as);
· Influenciar a opinião publica acerca do extermínio da juventude negra, com intensa incidência nos meios de comunicação: televisão, rádio, jornais e internet – meios comerciais, independentes e comunitários, por meio de produtos de comunicação, tais como: vídeos, comerciais, spots de rádio, cartilhas etc.;
· Realizar inserção publicitária nas principais capitais brasileiras que concentram altos índices de violência contra jovens negros(as), contemplando todas as regiões do país, por meio de estratégias publicitárias como banners, outdoor, busdoor etc.;
· Publicação de uma Coletânea de Artigos, Contos, Ensaios, Poemas e Poesias sobre os temas propostos pela Campanha, que envolvam preferencialmente jovens autores(as) negros(as);
· Elaboração de um CD de música com canções que abordem os temas propostos pela Campanha, fortalecendo as principais manifestações artísticas jovens negras;
· Realização de um Fundo de Financiamento para organizações e coletivos autônomos de juventude negra, com envolvimento nos Fóruns Estaduais de Juventude Negra, para a apresentação de propostas de projetos acerca dos temas propostos pela Campanha;
· Estabelecimento de um Comitê Operativo para subsidiar a condução dos objetivos propostos, dar suporte as realizações dos Fóruns Estaduais e do Fórum Nacional acerca da Campanha e operacionalizar as ações previstas;
· Participação ativa nos processos nacionais e internacionais, convocados por organizações da sociedade civil, organizações internacionais e governos sob os temas em consonância com a Campanha, a fim de incidir sobre a conjuntura da juventude negra frente a realidade de violência e discriminação;
· Participação ativamente dos desdobramentos do Tribunal Popular, evidenciando nas ações deste espaço do movimento social brasileiro a predileção da juventude negra brasileira para alvo das violações aos diretos humanos cometidas pelo Estado Brasileiro;
· Realização de parcerias e diálogos com movimentos sociais, organizações da sociedade civil organizada, governos, instituições de pesquisa, organizações internacionais, operadores e instituições de segurança pública sobre os temas propostos pela Campanha para elaboração de agendas de cooperação;
· Realização do Dia de Mobilização contra o Extermínio da Juventude Negra em cinco capitais brasileiras que concentram grandes índices de violência contra a juventude negra, sendo: Curitiba, Salvador, Rio de Janeiro, Belém e Brasília; com a realização de Marcha da Juventude Negra, Seminários e Debates, Diálogos institucionais com autoridades locais e sociedade civil organizada, e Manifestação Cultural com a participação de artistas e personalidades apresentando os contextos da Campanha, com referência a conjuntura do estado e da região em questão.


As ações da Campanha

Influencia na opinião publica acerca do extermínio da juventude negra, com intensa incidência nos meios de comunicação: televisão, rádio, jornais e internet – meios comerciais, independentes e comunitários, por meio de produtos de comunicação, tais como: vídeos, comerciais, spots de rádio, cartilhas etc.

Realização de inserção publicitária nas principais capitais brasileiras que concentram altos índices de violência contra jovens negros(as), contemplando todas as regiões do país, por meio de estratégias publicitárias como banners, outdoor, busdoor etc.;

Publicação de Coletânea de Artigos sobre os temas propostos pela Campanha, que envolva preferencialmente autores(as) negros(as).

Realização de Fundo de Financiamento para organizações e coletivos autônomos de juventude negra, com envolvimento nos Fóruns Estaduais de Juventude Negra, para a apresentação de propostas de projetos acerca dos temas propostos pela Campanha.

Estabelecimento de Comitê Operativo para subsidiar a condução dos objetivos propostos, dar suporte as realizações dos Fóruns Estaduais e do Fórum Nacional acerca da Campanha e operacionalizar as ações previstas para a Campanha.

Realização de parcerias e diálogos com movimentos sociais, organizações da sociedade civil organizada, governos, instituições de pesquisa, organizações internacionais, operadores e instituições da segurança pública sobre os temas propostos pela Campanha para elaboração de agendas de cooperação.

Realização do Dia de Mobilização Nacional contra o Extermínio da Juventude Negra em cinco capitais brasileiras que concentram grandes índices de violência contra a juventude negra, sendo: Curitiba, Salvador, Rio de Janeiro, Belém e Brasília; com a realização de Marcha da Juventude Negra, Seminários e Debates, Diálogos institucionais com autoridades locais e sociedade civil organizada, e Manifestação Cultural com a participação de artistas e personalidades apresentando os contextos da Campanha, com referencia a conjuntura do estado e da região em questão.

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